Translate

sábado, 29 de junho de 2013

=Fotógrafo brasileiro faz expedição ao Polo Norte e clica 'baleia-unicórnio'=

Natureza - Fotógrafo brasileiro faz expedição ao Polo Norte e clica 'baleia-unicórnio'

29/06/2013 08h00 - Atualizado em 29/06/2013 08h00

Fotógrafo brasileiro faz expedição ao 




Polo Norte e clica 'baleia-unicórnio'


Animal possui dente de marfim que se projeta para fora da cabeça.

Baleia narval habita o Ártico e é rara de ser fotografada, diz Daniel Botelho.

Rafael SampaioDo G1, em São Paulo

Macho de baleia narval fotografado por Daniel Botelho (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)Macho de baleia narval fotografado por Daniel Botelho (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
Fotógrafo brasileiro com experiência em clicar imagens subaquáticas e animais marinhos, Daniel Botelho participou de uma expedição de dez dias ao Polo Norte, no início do mês de junho, e retornou ao brasil há cerca de uma semana. Ele fotografou icebergs, paisagens de gelo e grupos de baleias narval - animais naturais do Ártico, conhecidos pelo macho possuir uma presa parecida com um "chifre", que é, na verdade, um dente de marfim que se projeta por até três metros da cabeça. O cetáceo, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), também é conhecido como "baleia-unicórnio".
"É um animal raro de ser fotografado", disse Botelho. A viagem começou em Ottawa, no Canadá, e seguiu para um povoado remoto no norte do país chamado Arctic Bay. De lá, o fotógrafo seguiu de trenó por dois dias até chegar ao acampamento do grupo da expedição, que foi montado em uma região congelada do oceano.
O grupo explorou regiões de neve próximas à beira do mar, onde o gelo é fino e rachaduras formam-se com facilidade. As temperaturas fora da água chegavam a 30 ºC negativos, conta Botelho. "Nosso acampamento-base ficava recuado desse limite. Às vezes eram centenas de metros de gelo partido a partir de um certo ponto, que nos impediam de prosseguir. Isso foi uma das maiores dificuldades", relata.
Grupo de baleias narval nada no Ártico próximo a fotógrafo (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)Grupo de baleias narval nada no Ártico próximo a
fotógrafo (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
Roupas especiais, máscaras, luvas e equipamento de mergulho foram usados por Botelho, além de aparelhagem de fotografia preparada para imagens dentro do mar. "Eu pensava: 'vou ficar com dor, vou queimar o rosto, mas eu sei que a vantagem de estar ali é interagir o máximo de tempo com o animal [baleia narval], para ele se acostumar à minha presença'", afirma o fotógrafo.
Tanto esforço foi recompensado: Botelho chegou a nadar cerca de um quilômetro para longe do grupo, de expedição em um dos dias em que entrou na água, próximo ao local onde imaginava que as "baleias-unicórnio" estariam. O dia estava escuro, o clima era terrível, conta ele. Mesmo assim, uma baleia macho passou pelo explorador e se deixou fotografar.
Depois de algumas imagens, o fotógrafo decidiu nadar de volta para próximo de onde estava o grupo da expedição. "Aconteceu uma das coisas mais incríveis. Eu olho para o lado, sinto um cutucão na perta esquerda, é uma narval fêmea me cutucando, perto", conta. Ele disse ter ficado chocado com o contato tão próximo do animal, que o seguiu. "Foi um momento muito especial", relata.
"[O Ártico] É um ambiente lindo, singular, mas ao mesmo tempo um lugar onde é possível morrer facilmente" devido ao frio e às condições adversas, explica o fotógrafo. Ele ressalta que é a primeira vez que viaja à região do Polo Norte. Botelho chegou a ficar quatro horas dentro da água para fazer imagens de icebergs. O território, diz ele, é "maravilhosamente mortal".
Baleia narval fêmea se aproxima de fotógrafo enquanto ele nada rumo ao grupo da expedição (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)Baleia narval fêmea se aproxima de fotógrafo enquanto ele nada  (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
Iceberg fotografado em mergulho subaquático no Ártico (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)Iceberg fotografado em mergulho subaquático no Ártico (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
Membros da expedição sobre bloco de gelo próximo a local onde fotógrafo mergulhou (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)Membros da expedição sobre região de gelo e neve no Ártico (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)
Tendas de acampamento de expedição ao Polo Norte (Foto: Divulgação/Daniel Botelho)Tendas de acampamento de expedição ao Polo Norte (Foto: Divulgação/Daniel Botelho
)

terça-feira, 25 de junho de 2013

="Vazão das Cataratas do Iguaçu bate recorde"=

Vazão das Cataratas do Iguaçu bate recorde - Fotos - UOL Notícias


Vazão das Cataratas do Iguaçu bate recorde

Imagem 5/10: Nesta terça-feira (25), a vazão nas Cataratas do Iguaçu chegou a 15 milhões de litros por segundo, recorde do ano, ou seja, 10 vezes a média normal que é de 1,2 a 1,5 milhão de litro. Por medida de segurança, o acesso às passarelas que levam à Garganta do Diabo foi bloqueado Cataratas do Iguaçu S.A

=Pólo de Aventura da Serra gaúcha=

Facebook


Cascata do Caracol
Parque Estadual da Cascata do Caracol, cidade de Canela - RS
131 m de altura em queda livre. Depois de uma semana de chuvas irrigando ela, vejam que espetáculo !!



segunda-feira, 24 de junho de 2013

=Fórum Mundial do Meio Ambiente propõe reflexão sobre hábitos de consumo=

Fórum Mundial do Meio Ambiente propõe reflexão sobre hábitos de consumo - Terra Brasil

Fórum Mundial do Meio Ambiente propõe reflexão sobre hábitos de consumo

O 4° Fórum Mundial do Meio Ambiente, que foi realizado na cidade de Foz do Iguaçu, terminou neste sábado com uma chamada para analisar o impacto do consumo nos recursos hídricos do planeta.
A chamada Carta de Foz do Iguaçu, que reuniu as conclusões gerais do fórum, destacou a necessidade de uma mudança radical nos padrões de consumo e produção, levando em conta a situação alarmante dos ecossistemas e dos recursos hídricos.
Outro ponto proposto foi a formulação e implementação de políticas públicas inovadoras por parte do Governo federal e dos entes regionais que garantam a proteção, distribuição eficaz e o acesso à água e saneamente para todo o país a curto prazo.
O governador do Pará, Beto Richa, declarou no encerramento do evento que a escolha da cidade-sede, Foz do Iguaçu, famosa por suas espetaculares cataratas, foi a mais acertada para discutir o tema, a cooperação em torno da conservação de água.
Richa também apresentou projetos de preservação do meio ambiente através de uma "agenda verde", entre eles o investimento de R$ 53 milhões em um sistema de prevenção de desastres naturais que possibilitará uma previsão de 3 dias de adiantamento.
No fórum, estiveram presentes ativistas ambientais como o advogado Robert Kennedy Jr., a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, a ex-ministra e ex-candidata presidencial Marina Silva e representantes de ONGs como SOS Mata Atlântica, Fundação Amazonas Sustentável e WWF.

domingo, 23 de junho de 2013

=Florestas urbanas reduzem efeito da poluição e salvam vidas, diz estudo=

Natureza - Florestas urbanas reduzem efeito da poluição e salvam vidas, diz estudo

/06/2013 07h00 - Atualizado em 22/06/2013 07h00

Florestas urbanas reduzem efeito da 



poluição e salvam vidas, diz estudo


A cada ano, árvores em áreas urbanizadas salvam uma vida por cidade.
Elas reduzem a quantia de partículas contaminadas do ar e evitam doenças.

Do G1, em São Paulo

Comente agora
Congestionamento na Avenida Mário Ribeiro, no sentido Túnel Rebouças, às 11h (Foto: Matheus Giffoni / G1)Estudo mostra que árvores urbanas ajudam na redução da poluição da cidade e evitam mortes por doenças (Foto: Matheus Giffoni / G1)
As árvores urbanas e florestas salvam, em média, uma vida por cidade a cada ano ao ajudar a retirar do ar partículas finas de poluição. As informações são de um estudo feito pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos em parceria com o Instituto Davey.
Os pesquisadores ressaltaram que em Nova York, por exemplo, as árvores chegam a "economizar" uma média de oito vidas a cada ano. A pesquisa tem o objetivo de estimar e se aprofundar no impacto global que as florestas urbanas têm sobre as concentrações de partículas finas de poluição.
Em uma pesquisa publicada no periódico "Environmental Pollution", os cientistas estimaram quanto de material particulado fino é removido por árvores em dez cidades, seu impacto sobre as concentrações de PM2.5 (que mede partículas com um diâmetro de 2,5 micrômetros) e valores associados aos impactos sobre a saúde humana.
Essas partículas têm efeitos graves para a saúde e podem causar mortes prematuras, inflamações pulmonares, além de alterações cardíacas.
As cidades incluídas no estudo foram Atlanta, Baltimore, Boston, Chicago, Los Angeles, Minneapolis, Nova York, Filadélfia, San Francisco e Nova York.
"As árvores podem tornar as cidades mais saudáveis. Enquanto nós precisamos de mais pesquisas para gerar melhores estimativas, este estudo sugere que as árvores são uma ferramenta eficaz na redução da poluição do ar e criação de ambientes urbanos saudáveis", ressaltou David Nowak, um dos autores da investigação científica.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

=A floresta tropical brasileira pode ajudar a prever o impacto das mudanças climáticas=

A floresta tropical brasileira pode ajudar a prever o impacto das mudanças climáticas

A floresta tropical brasileira pode ajudar a prever o impacto das mudanças climáticas

Antonio-Alvaro-Buso


O pólen antigo de um dos ecossistemas mais diversificados do mundo possibilitaria aos cientistas melhorar suas previsões dos efeitos das mudanças climáticas no mundo. Estudos feitos com mais de 140 tipos de pólen de árvores e ervas, preservados em sedimentos lacustres da Mata Atlântica brasileira, estão ajudando os cientistas a entender como as alterações do clima no passado impactaram o meio ambiente.
Estas descobertas, de pesquisadores das Universidades de Edimburgo e de São Paulo, poderiam ajudar a prever como as plantas e os animais irão reagir às futuras mudanças ambientais.

Apenas 10 % da Mata Atlântica ainda sobrevive, uma região de floresta tropical e mata cobrindo uma área de cerca de 1.300.000 km2, estendendo-se ao longo da costa do Atlântico no Brasil e chegando até o Paraguai e a Argentina. Sua rica biodiversidade e localização vulnerável conferem a essa região uma importância internacional. 

A existência de certos tipos de pólen, que podem sobreviver durante milhares de anos, sugere que a região de Linhares da Mata Atlântica vem experimentando verões cada vez mais chuvosos e invernos cada vez mais secos durante os últimos 7.000 anos, causando mudanças nos tipos de planta encontrados nessa floresta.

Os cientistas dizem que os verões mais quentes e úmidos podem ter sido causados por uma mudança no eixo de rotação da Terra, que ocorre a cada 20.000 anos e afeta o clima do planeta.

Os pesquisadores acreditam que isso resultou no desenvolvimento de um microclima altamente localizado e um assim chamado refúgio de floresta antiga, proporcionando um hábitat para plantas e animais quando outras partes da Mata Atlântica ficaram sem árvores.  

Estas descobertas ajudam a explicar a presença de muitas espécies raras na área estudada e poderiam ajudar a prever como as florestas mudarão no futuro.

Os pesquisadores esperam que seu trabalho saliente a necessidade de criar e proteger corredores de vegetação ou rios entre áreas cada vez mais fragmentadas da Mata Atlântica. 

Esses corredores permitem que plantas e animais se dispersem entre áreas isoladas da floresta e ajudem a manter a biodiversidade. Mudanças na legislação que protege as florestas brasileiras, assim como a construção mais intensiva de estradas, podem resultar no isolamento ainda maior dos fragmentos de floresta e na redução do acervo genético.  

Antonio Álvaro Buso Júnior, da Universidade de Edimburgo, um dos pesquisadores do estudo disse: “Esses antigos grãos de pólen nos permitem revelar os segredos do passado e poderiam nos ajudar a prever como esta região vital vai reagir no futuro. Nosso estudo mostra como as plantas reagiram às mudanças nas condições e eu espero que agora possamos montar uma defesa para a maior proteção destes ecossistemas preciosos”.

Depto. de Imprensa e Relações Públicas, Universidade de Edimburgo
www.ed.ac.uk 

terça-feira, 4 de junho de 2013

=Restam 8,5% da vegetação original da Mata Atlântica, diz levantamento=

Restam 8,5% da vegetação original da Mata Atlântica, diz levantamento - Notícias - Meio Ambiente

Restam 8,5% da vegetação original da Mata Atlântica, diz levantamento

Do UOL, em São Paulo

Ampliar

Desmatamento na Mata Atlântica7 fotos

3 / 7
Na imagem, desmatamento em Minas Gerais. No Estado estão 5 das 10 cidades que mais desmataram, entre elas Novo Cruzeiro (2º), Itinga (4º), Águas Vermelhas (6º), Manga (8º) e Jequitinhonha (10º). Também fazem parte da lista São João da Barra (RJ, 1º), Pavussu (PI, 3°), Encruzilhada (BA, 9º), Julio Borges (PI, 7º) e Wanderley (BA, 5º)SOS Mata Atlântica/INPE
Do total da Mata Atlântica, 23.548 hectares ou  235 Km² de vegetação foram suprimidos. Hoje, com o mapeamento de toda a área de aplicação da Lei da Mata Atlântica, o que resta do bioma original é 8,5% - sendo o bioma mais ameaçado do Brasil. Em 2012, houve o maior desmatamento desde 2008. Os dados foram divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta terça-feira (4), com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica no período de 2011 a 2012.
Neste levantamento foi incluído o Estado do Piauí, que fez a taxa de preservação da floresta subir de 7,9% para 8,5%.  Se  forem considerados todos os pequenos fragmentos de floresta natural acima de 3 hectares (ha), o índice chega a 12,5%. Do total, 21.977 ha  correspondem a desflorestamentos, 1.554 ha  a  supressão  de  vegetação  de  restinga  e  17 ha a supressão  de vegetação de mangue. Assim, o Brasil perdeu cerca de 23 mil campos de futebol do bioma.
Minas Gerais, Bahia, Piauí e Paraná são os Estados com situação mais crítica. Minas é o campeão do desmatamento pela quarta vez consecutiva, sendo responsável pela metade da destruição da Mata  Atlântica no período analisado, com total de 10.752 hectares do bioma perdidos – o aumento na taxa de desmate no Estado foi de 70% comparado com o período anterior. Já os destaques positivos são Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que tiveram redução de desmatamento de 93% e 92% respectivamente.
Na comparação dos 10 Estados avaliados em todos os períodos (BA, ES, GO, MG, MS, PR, RJ, RS, SC e SP), o aumento do desmatamento foi de 29% em relação ao período anterior (2010-2011) e de  23%  em  relação aos três últimos anos (2008-2011). A taxa anual de desmatamento é a maior desde 2008. No período 2008 a 2010, a taxa média anual foi de 15.183 hectares. No levantamento de 2010 a 2011, a taxa anual ficou em 14.090 ha.
Ampliar

Desaparecimento de aves intensifica extinção do palmito na Mata Atlântica9 fotos

3 / 9
O sabiá-una ("Turdus flavipes") é o principal disseminador de sementes em áreas sem as grandes aves, como tucanos e arapongas, na Mata Atlântica Leia mais Lindolfo Souto/Science
O  levantamento apresenta, pela  primeira  vez, os  remanescentes  florestais do Piauí, que totalizam 34% da área original no Estado protegida pelo Mapa da  Área  da  Aplicação  da  Lei da Mata  Atlântica  (11428/2006).  "As áreas  do Piauí  abrangidas  pelo  Mapa  da  Aplicação  da  Lei  possuem  formações florestais naturais características do bioma em bom estado de conservação, mas a pressão das carvoarias, silvicultura e agora também da soja é grande no Estado", observa Marcia Hirota, diretora  de  Gestão  do Conhecimento  e  coordenadora  do  Atlas  pela  SOS  Mata  Atlântica.
"A área de regeneração só será vista em 15 anos", destaca Flávio Jorge Ponzoni, do Inpe. Ele destaca ainda que esta nova edição do estudo apresenta  a versão preliminar do Mapa do Bioma Mata Atlântica, que inclui as áreas naturais como campos, várzeas, refúgios, cordões de restinga e dunas, o que difere das versões anteriores que apenas mapeavam os remanescentes florestais.
Marcia lembra que a maior parte do que resta da Mata Atlântica são propriedades particulares, então é necessário atuar com políticas públicas neste sentido. "É necessária a criação de Unidades de Conservação públicas ou privadas, e aumentar a conscientização da população para que visitem essas áreas. Além de pressão do governo na criação de parques e todo o esforço para que tudo o que temos hoje seja de fato preservado e esforço para regenerar".

Manguezal e Restinga

Pernambuco foi o único Estado que perdeu área de manguezal: 17 hectares. Os  manguezais  funcionam  como  berçários  marinhos  e  são  áreas  muito importantes  para  atividades  como  a  pesca.  Na  Mata  Atlântica,  o  total  de vegetação de mangue corresponde a  224.954 ha,  sendo que Bahia  (61.478 ha), Paraná (33.422 ha), São Paulo (24.891 ha) e Sergipe (22.959 ha) são os Estados que possuem as maiores extensões. 
Já o maior desmatamento na vegetação de restinga (observada ao longo do litoral)  aconteceu  em São João da Barra  (RJ),  com  937  hectares, para implantação doSuperporto do Açu. O município foi também o campeão de desmatamento no período.
A vegetação de restinga na Mata Atlântica equivale a 570.690 ha. São Paulo possui  a  maior  extensão (206.308  ha),  seguido do Paraná  (100.335  ha) e Santa Catarina (77.336 ha). Além do Rio de Janeiro, também foi observada a supressão de restinga na Bahia (32 ha), no Ceará (319 ha), em Santa Catarina (257  ha)  e  em  Sergipe  (10  ha). No  país  todo  a  restinga sofre com os empreendimentos, obras  de  infraestrutura e  especulação  imobiliária  – as construções  de  casas,  hotéis  e  resorts  acabam  retirando  a  vegetação  para
poder ficar com o "pé na areia".
Agora, os municípios com maior porcentagem de vegetação nativa estão no Piauí:Tamboril do Piauí e Guaribas mantêm  96% da área original de Mata Atlântica. Guaribas também é o município com a maior área de vegetação nativa: 176.794 hectares.

sábado, 1 de junho de 2013

=Atividade agrícola impactou florestas brasileiras, revela estudo na 'Science'=

Natureza - Atividade agrícola impactou florestas brasileiras, revela estudo na 'Science'

Atividade agrícola impactou florestas 




brasileiras, revela estudo na 'Science'


Redução de aves que espalham sementes gerou grãos menores de árvore.
Trabalho foi liderado por equipe da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Do G1, em São Paulo

s
  •  
Tucano-de-bico-preto ('Ramphastos vitellinus') é um importante dispersor de sementes nas florestas tropicais; ao lado, jacutinga ('Aburria jacutinga') é a maior ave nas florestas tropicais do Atlântico (Foto: Images courtesy of Lindolfo Souto and Edson Endrigo/Science)Tucano-de-bico-preto ('Ramphastos vitellinus') é um importante dispersor de sementes; ao lado, jacutinga ('Aburria jacutinga') é a maior ave das florestas de Mata Atlântica (Foto: Lindolfo Souto e Edson Endrigo)
O grande desaparecimento de aves frugívoras (que comem frutos) das florestas tropicais brasileiras, em decorrência da agricultura, tem causado um impacto sobre as árvores da região, que têm produzido sementes menores e mais fracas ao longo do último século. A conclusão é de uma equipe de pesquisadores brasileiros, mexicanos e espanhóis, cujo estudo será publicado na revista "Science" desta sexta-feira (31).
O trabalho foi liderado pelo especialista em ciências biológicas Mauro Galetti, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro. Segundo ele, os resultados fornecem evidências de que a atividade humana pode desencadear mudanças evolucionárias rápidas nas populações naturais.
Os autores coletaram mais de 9 mil sementes de diferentes populações da palmeira Euterpe edulis – espécie nativa da Mata Atlântica, também chamada de içara ou palmito-juçara, e ameaçada de extinção – em áreas de floresta preservadas e outras devastadas por plantações de café e cana-de-açúcar no século 19.
A equipe usou dados estatísticos, genéticos e modelos evolucionários para chegar às conclusões. Segundo os cientistas, também foi considerada a influência de vários fatores ambientais, como clima, fertilidade do solo e cobertura florestal. Apesar disso, apenas a ausência das aves que comem frutos e espalham sementes já explicaria a diminuição do tamanho dos grãos das palmeiras.
De acordo com as análises genéticas, o encolhimento das sementes na região pode ter ocorrido dentro um século após algum tipo de perturbação local. Além desses fatores, longos períodos de seca e um clima cada vez mais quente na América do Sul podem ter prejudicado ainda mais essas populações de palmeiras, alertam os pesquisadores.
Ao lado da Unesp, participaram cientistas da Universidade Federal do Oeste do Pará, em Santarém, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ), da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade de São Paulo (USP) na capital paulista e em Piracicaba, da Rede de Biologia Evolutiva do México, em Veracruz, e da Estação Biológica de Doñana, em Sevilha, na Espanha.
  •  
 Sementes de palmeiras são dispersadas principalmente por pássaros; ao lado, sabiá-una ('Turdus flavipes') come semente de palmeira (Foto: Images courtesy of Lindolfo Souto and Mauro Galetti/Science)Sementes de palmeiras são dispersadas principalmente por pássaros; ao lado, um sabiá-una ('Turdus flavipes') come fruto da árvore (Foto: Images courtesy of Lindolfo Souto and Mauro Galetti/Science)
Floresta de Mata Atlântica no Brasil (Foto: Image courtesy of Pedro Jordano/Science)Floresta de Mata Atlântica no Brasil (Foto: Image courtesy of Pedro Jordano/Science)