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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Hidrovias é preciso fazer mais para fazer pegar de fato esta atividade logística que tem emissão zero de carbono.



   Conheça aqui as principais Hidrovias brasileiras

Hidrovias é preciso fazer mais para fazer pegar de fato esta atividade logística que tem emissão zero de carbono.

Até um tempo atrás o uso das hidrovias brasileiras pela logística era considerada uma opção bem menos comercial e até exótica. Mas este quadro vem mudando em função do crescimento econômico e seu novo perfil de exigências no mundo globalizado.

Parte em função de que as rodovias brasileiras têm condições de infra-estrutura instáveis, sempre com pavimentações deficientes com poucas exceções. Em outra parte os investimentos no transporte ferroviário são lentos. Na parte aérea existem altos custos. E mais: as matrizes das grandes corporações internacionais tem metas mais rigorosas na redução
de emissão de carbono em suas operações...afinal.. estamos na época da sustentabilidade.


A soma destes fatores favorece o transporte de cargas pelas hidrovias.
Por isso está um momento de aumento de investimentos nesta opção, tornar mais eficiente seus processos gerenciais e um grande trabalho pela frente para colocar este setor em condições ideais de uso real.

Atualmente o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Trasnportes – tem 148 ações de intervenção de melhorias nas hidrovias, em um emprego de aproximadamente 2 bilhões de reais em recursos. Mas é preciso fazer mais para fazer pegar de fato esta atividade logística que tem emissão zero de carbono.


Conheça aqui algumas das principais hidrovias brasileiras:

Hidrovia do Rio Madeira

A hidrovia do Rio Madeira é localizada no corredor norte especializado no transporte de soja.

Atualmente transporta cerca de 2 toneladas/ano.

O rio tem este nome porque, no período de chuvas, seu nível sobe e inunda as margens levando troncos e restos de madeira das árvores. A extensão total aproximada é de 1450 quilômetros. Sua largura varia de 440 metros a 9.900 metros na foz, com profundidade também variável de acordo com as estações seca e chuvosa, chegando a mais de 13 metros, o que permite, no período de sua enchente, a navegação de navios, inclusive oceânicos, até Porto Velho. É nesse período de cheia que as águas do Madeira inundam as florestas adjacentes, alagando dezenas de quilômetros. Já a estação seca
forma praias ao longo de suas margens. Variável também é a velocidade do Madeira que vai de dois a 10 quilômetros por hora durante o ano.

Hidrovia Paraguai-Paraná


A Hidrovia Paraguai-Paraná é uma hidrovia que envolve os cinco países do Rio da Prata: Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.

A hidrovia começa no município de Cáceres, no Mato Grosso, e atravessa 1.300 km até Nueva Palmira, no Uruguai, e passa
pelas cidades de Corumbá e Assunção. Sua intenção era permitir o tráfego de barcaças 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias do ano. Pela região passam enormes comboios que percorrem suas águas, transportando soja, trigo, minérios, combustíveis e madeira. Mas as curvas são muitas e bem acentuadas. No tempo da seca, bancos de areia surgem do nada, como icebergs, dificultando a navegação.

Hidrovia Tocantis - Araguaia

A Hidrovia do Tocantins-Araguaia é a principal hidrovia e um dos principais troncos viários do corredor Centro-Norte brasileiro. Ela se sustenta principalmente pela navegação nos rios Tocantins e Araguaia, não sendo porém navegável em todos os seus afluentes devido a limitação da calha dos rios e a corredeiras em todo o seu percurso. É uma hidrovia que
transporta cargas por uma região de planalto no sentido norte-sul.

Pertencente ao corredor Centro-Norte, a hidrovia do Tocantins-Araguaia se divide em quatro tramos. O primeiro, de Peixe a Marabá, com 1.021 km de extensão, o segundo, de Marabá à foz do Tocantins, com 494 km, o terceiro de Baliza a Conceição do Araguaia - se apresenta com um imenso potencial para o escoamento da produção de grãos do Mato Grosso, Goiás, Pará e Tocantins e o quarto trecho que é muito limitado - devido as grandes corredeiras do Araguaia, vai de Conceição do Araguaia à foz do Araguaia, no próprio rio Tocantins.

Hidrovia do São Francisco

Equivalente à distância entre Brasília e Salvador, a Hidrovia do São Francisco é, sem dúvida, a mais econômica forma de ligação entre o Centro-Sul e o Nordeste. Há muito tempo o Rio São Francisco ocupa lugar de destaque no transporte aquático nacional, recebendo até mesmo a denominação de Rio da Integração Nacional durante o Regime Militar.

O rio São Francisco é navegável em 1.371 km, entre Pirapora e Juazeiro / Petrolina, para a profundidade de projeto de 1,5 m, quando da ocorrência do período crítico de estiagem (agosto a novembro). Sem saída para o Atlântico, em função principalmente das barragens das hidreletricas de Paulo Afonso e Xingó, o rio São Francisco tem seu aproveitamento
integrado ao sistema rodo-ferroviário da região.

Hidrovia Solimões-Amazonas


A Hidrovia do Solimões-Amazonas é a principal hidrovia e de fato o principal tronco viário da região norte-brasileira. Ela se sustenta principalmente pela navegação no rio Solimões/Amazonas, mas é navegável em praticamente todos os seus afluentes devido a relativa profundidade da calha dos rios e a inexistência de corredeiras na planície amazônica.

Nesta hidrovia é transportado além de passageiros, praticamente todo o transporte cargas que são direcionados aos grandes centros regionais - Belém e Manaus. Em quase sua totalidade o transporte de passageiros da planície amazônica é feito por essa hidrovia.

Esta hidrovia é dividida em dois ramos. O Solimões, que se estende de Tabatinga a Manaus, tendo aproximadamente 1600 km e o Amazonas, que vai de Manaus a Belém, com 1650 km. O primeiro tramo possui calado mínimo de 6 metros, com alguns pontos críticos na secas, e o segundo com calados de 10 metros, o que permite acesso de navios marítimos de até 60 000 TPB. Esta via é de extrema importância, pois além das grandes cidades existentes às suas margens, ainda é a confluência de outros cursos de água navegáveis, tais como o Madeira e Tocantins.

Hidrovia Tietê-Paraná

A Hidrovia Tietê - Paraná é uma via de navegação situada entre as regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, que permite a navegação e conseqüentemente o transporte de cargas e de passageiros ao longo dos rios Paraná e Tietê. Um sistema de eclusas viabiliza a passagem pelos desníveis das muitas represas existentes nos dois rios.

É uma via muito importante para o escoamento da produção agrícola dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais. A hidrovia movimentou 2 milhões de toneladas de carga no ano de 2001. Possui 12 terminais portuários, distribuídos em uma área de 76 milhões de hectares. A entrada em operação desta hidrovia impulsionou a implantação de 23 pólos industriais, 17 pólos turísticos e 12 pólos de distribuição. Gerou aproximadamente 4 mil empregos diretos.

Somente a hidrovia do Parana movimentou em 2010, mais de 3,7 milhões de toneladas de cargas.

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