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domingo, 15 de junho de 2014

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Boa Viagem: Serra catarinense: Natureza dá espetáculo em Bom Jesus da Serra




Serra catarinense: Natureza dá espetáculo em Bom Jesus da Serra

Região atrai turismo de contemplação, com seus cânions, cachoeiras e a Serra do Rio do Rastro

14/06/2014 - 19:00
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Divulgação / Tribo da Serra Eco Turismo
A paisagem das estradas sinuosas da Serra do Rio do Rastro é de cartão postal (Foto: Divulgação / Tribo da Serra Eco Turismo)
Tanto para quem deseja relaxar em um ofurô com uma taça de vinho ou se aventurar por paisagens deslumbrantes, a Serra Catarinense é um excelente destino de inverno. O turismo de contemplação tem seu exemplo mais genuíno no município de Bom Jardim da Serra – um dos quatro que a Serra abrange, junto com Lages, São Joaquim e Urubici. Seus cânions e a Serra do Rio do Rastro compõem um cenário de rara beleza.
“A paisagem peculiar da serra e dos cânions, o aconchego de cidade com ares de interior em que se consegue desligar e relaxar da vida urbana, a gastronomia típica e o friozinho tornam Bom Jardim da Serra encantadora”, define Meriê Oliveira Ternes Lemos, diretora da agência local Tribo da Serra Ecoturismo.
Para se chegar a esse “presente da natureza” é possível desembarcar no aeroporto de Florianópolis, que fica a cerca de 230 km, ou no de Criciúma, a pouco mais de 70 km de estrada. São caminhos que podem ser feitos de carro, ônibus de linha ou transfers oferecidos por receptivos locais.
Pacata, Bom Jardim da Serra tem pouco mais de 4 mil habitantes. Localizada no topo da Serra do Rio do Rastro, ganhou o título de “Capital das Águas” por conta das várias nascentes que abriga, como a do rio Pelotas - são 14 rios, mais de 30 cachoeiras e cascatas em seu entorno. “No verão, com a temperatura em torno de 27 graus durante o dia, esses são os principais atrativos”, comenta Meriê.
Já no inverno, quando a cidade tem sua alta temporada, os cânions e a serra são o foco dos turistas, que muitas vezes ficam cobertas de branco por conta das geadas e da neve. “Como temos um inverno seco, a melhor visualização dos cânions é nessa época, embora muitos pensem o contrário”, afirma Meriê.
Comida caseira
Segundo a diretora, o turismo na região ganhou força nos últimos cinco anos, com a valorização do ecoturismo.
A cidade ainda tem muito a desenvolver nesse setor, mas oferece hospedagens confortáveis e excelente gastronomia. Entre as opções está um ecoresort, hotéis e pousadas. Os mais badalados são o Rio do Rastro Eco Resort e o Hotel Fazenda Rota dos Cânions. O primeiro, no topo da Serra, está entre os considerados “Roteiros de Charme” e oferece a opção de se ficar em chalé com vista para um lago.
“A maioria oferece meia pensão ou pensão completa e, por conta do frio, lareiras no quarto ou na área social, calefação ou aquecedores”, explica Meriê.
A gastronomia até hoje é bem caseira e pode ser saboreada nas churrascarias, que servem também pratos a base de pinhão; nas pousadas ou no restaurante Carvalho, especializado em trutas - peixe típico da região.
Passeie pelos Cânions do Funil e da Ronda
Como o próprio nome diz, o Cânion do Funil tem uma formação rochosa que vai se estreitando, lembrando mesmo o formato do objeto. De acordo com a diretora, chegar até ele é bem mais tranquilo, já que o percurso é quase todo feito em veículo com tração nas quatro rodas, com uma breve caminhada ao final, de pouco mais de 20 minutos. É quando se pode avistar animais típicos da região, como veados, graxains e algumas espécies de pássaros. “Para quem gosta de cavalgadas, que são oferecidas pelos hotéis, esse passeio pode ser feito a cavalo, sempre acompanhado por um guia”, comenta Meriê.
O mais tranquilo de se chegar é o Cânion da Ronda, mas sua vista em nada perde para as dos demais. O caminho é feito totalmente de carro, por isso é o mais indicado para idosos e famílias com crianças pequenas.
A adrenalina está somente nos derrapes e tombos do veículo. Segundo Meriê, da sua borda se consegue admirar até mesmo o litoral sul. “As pessoas sempre relatam que não imaginavam que a vista dos cânions fosse tão fascinante. São paisagens indescritíveis”, diz a diretora.
Os passeios custam de R$ 50 a R$ 150 por pessoa, a depender do cânion.
Cânions são cenários de cartão postal
Sensação de liberdade e de surpresa estão entre os sentimentos dos turistas que chegam à borda do Cânion das Laranjeiras, no Parque Nacional de São Joaquim. O percurso até ele é feito de veículo com tração 4x4 até determinado ponto, de onde se segue a pé em uma trilha por cerca de 1h30. Como há muita lama escura, as agências oferecem bota apropriada e cajado para ajudar o turista a superar os obstáculos do caminho.
Com profundidade que varia de 300 a 500 metros e cerca de 1.500 metros de altitude, o Cânion das Laranjeiras ganhou este nome nos tempos dos tropeiros, que subiam com sacos cheios de laranjas. De sua borda pode-se avistar, em dias claros, vales, montanhas e até mesmo o mar.
E para deixar a experiência ainda mais surpreendente, ao chegar ao topo, a pessoa pode curtir um piquenique com direito a toalha xadrez, bolachinhas caseiras e maçãs, organizado pelo guia.
Majestosa e imponente, serra encanta visitantes
A 1.500 metros de altitude e a apenas 50 km do mar, a Serra do Rio do Rastro oferece 35 km de pura beleza.
Percorrer os 12 km sinuosos da estrada de concreto, com um paredão de um lado e somente abismo do outro, durante o dia, parando em seus mirantes, é um passeio imperdível.
Em dias de céu claro, seu topo descortina cadeias de montanhas, vales, várias cidades e até mesmo o Farol de Santa Marta, em Laguna.
No mirante há o Café Mensageiro da Montanha, onde se pode saborear um chá ou chocolate quente admirando a paisagem.
Segundo Meriê, vale subir a serra também à noite, já que todo o percurso é iluminado e permite uma visão singular do local. “Ainda levamos um espumante para fazermos um brinde”. Surpresa revelada.

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