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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

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Cultura: Escultor Pedrocas torna-se mestre do Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas - AquiAcontece

4/08/2013 21:00

Escultor Pedrocas torna-se mestre do Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas

Assessoria
Escultor Pedrocas torna-se mestre do Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas
Há 50 anos, Pedro Cassiano dos Santos, ou Pedrocas, seu nome artístico e como gosta de ser chamado, vive de esculpir formas em troncos de árvores. No dia 31 de julho, ele se tornou o mais novo mestre do Registro do Patrimônio Vivo, por deliberação do Conselho Estadual de Cultura.
A trajetória do escultor teve início quando ele era ainda menino, por influência de sua mãe, que fazia arte em argila. Vendo diariamente sua mãe transformando argila em utensílios de louça, começou a esculpir figuras em batata e macaxeira. “Lembro-me bem quando comecei esculpindo figuras em frutas, batata, macaxeira. Depois comecei na madeira, pedra, resina e hoje faço artes até em coco”, contou Pedrocas.
Pedrocas se consagrou como artista em Arapiraca, em 1977, quando começou a dar aula de artes na escola Pequeno Príncipe. Dessa época, ele tem diversas declarações de alunos que, depois de 30 anos, ainda possuem as artes feitas no período de estudantes. Antes de voltar para Alagoas, o artesão morou um ano em São Paulo, trabalhando como entalhador em decoração de móveis.
Segundo o escultor, a maioria das suas peças é produzida em troncos de jaqueira, que é mais fácil de ser encontrado em Alagoas. “As peças que produzo sempre têm algum envolvimento com o formato do tronco. Passo dias olhando e vendo no que pode dar”, disse o escultor. Pedro ainda contou que os troncos que chegam até ele, em sua maioria, são presentes.
As esculturas de Pedrocas se transformam em poesias, pois além de escultor, ele é poeta e conta a história de cada peça depois de acabada. Segundo ele, a arte mais cara que já fez custa R$ 15 mil e é chamada “O monumento do matrimônio”. o escultor explica que a obra fala do início ao fim do casamento, feito no tronco de cerejeira, cheio de detalhes, como uma corrente, feita na madeira, sem nenhuma emenda. “Essa é a ‘coroa’ da minha história como artista. Ela foi feita em 1998 e demorei cerca de dois meses para terminá-la”, ressaltou o escultor.
No dia 3 de setembro, o escultor estará expondo suas peças no Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa). “Esta será minha comemoração pelos meus 70 anos de vida e 50 anos de artesão”, afirmou.

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